ATA DA
VIGÉSIMA QUARTA SESSÃO SOLENE DA SEGUNDA SESSÃO LEGISLATIVA ORDINÁRIA DA DÉCIMA
PRIMEIRA LEGISLATURA, EM 15.09.1994.
Aos quinze dias do mês de setembro de ano de mil novecentos e noventa e quatro reuniu-se, na Sala de Sessões do Palácio Aloísio Filho, a Câmara Municipal de Porto Alegre. Às quinze horas e vinte e três minutos, constatada a existência de “quorum”, o Senhor Presidente declarou abertos os trabalhos da presente Sessão, destinada à entrega do Título Honorífico de Cidadão Emérito ao Senhor Zenon Vicente Galecki, nos termos do Projeto de Resolução nº 45/92 (Processo nº 1756/92), de autoria do Vereador Jaques Machado, desarquivado pelo Vereador Airto Ferronato. Compuseram a MESA: Vereador Luiz Braz, Presidente da Câmara Municipal de Porto Alegre; Doutor Paulo Zilkoski, Prefeito de Mariana Pimentel; Senhor Jaques Machado, Supervisor Político do Conselho de Apoio a Ações Comunitárias, representando, neste ato, o Senhor Governador do Estado; Jornalista Firmino Cardoso, representante da Associação Riograndense de Imprensa; Senhor Zenon Vicente Galecki, Homenageado; Senhora Teresa Galecki, esposa do Homenageado; Vereador Airto Ferronato, 1º Vice-Presidente da Casa, na ocasião, Secretário “ad hoc”. A seguir, o Senhor Presidente convidou a todos para, de pé, ouvirem à execução do Hino Nacional e, após, concedeu a palavra aos Vereadores que falariam em nome da Casa. O Vereador Airto Ferronato, em nome das Bancadas do PMDB, PTB, PC do B, PP, PSDB e PFL, declarou ter sido o Título hoje entregue aprovado unanimemente pela Casa, ressaltando a justeza do mesmo, face ao trabalho desenvolvido pelo Homenageado em prol da comunidade porto-alegrense, em especial no referente à assistência a menores carentes. O Vereador Isaac Ainhorn, em nome da Bancada do PDT, salientou que o Senhor Zenon Vicente Galecki vem construindo uma trajetória de contribuições constantes para a melhoria da sociedade, saudando o Vereador Jaques Machado pela iniciativa que teve de propor o Título hoje entregue pela Casa. O Vereador João Dib, em nome da Bancada do PPR, atestou o amor que possui o Homenageado por Porto Alegre, o qual se manifesta através de um trabalho profícuo e responsável, dizendo ser o Senhor Zenon Vicente Galecki um exemplo a ser seguido por todos nós e estendendo a presente homenagem à família de Sua Senhoria. O Vereador Henrique Fontana, em nome da Bancada do PT, discorreu sobre a atividade comunitária sempre exercida pelo Senhor Zenon Vicente Galecki, dizendo ser esta uma atitude indispensável em cidadãos que busquem a construção de um mundo melhor e mais solidário. Em continuidade, o Senhor Presidente concedeu a palavra ao Senhor Jaques Machado, que discorreu sobre os motivos que o levaram a propor o Título hoje entregue, falando sobre a importância do Senhor Zenon Vicente Galecki para a comunidade do 4º Distrito e para toda a nossa Cidade. A seguir, o Senhor Presidente convidou a todos para, de pé, assistirem à entrega, pelo Senhor Jaques Machado, do Título Honorífico de Cidadão Emérito ao Senhor Zenon Vicente Galecki e, após, concedeu a palavra ao Homenageado, que agradeceu o Título recebido. Também, o Vereador Airto Ferronato e o Senhor Jaques Machado procederam à entrega, aos Senhores Zenon Vicente Galecki e Paulo Zilkoski, de alfinetes de lapela com o símbolo da Câmara Municipal de Porto Alegre, relativos à comemoração dos duzentos e vinte e um anos da Casa. Na ocasião, o Senhor Presidente registrou as presenças, na Casa, do Doutor Enio Carlos Reif, patrono da Associação dos Amigos do 4º Distrito, da Senhora Miriam Aloísio Avruch, filha do Senhor Aloísio Filho, ex-Presidente desta Casa, das Senhoras Zuleika e Zênia, e Juliana, Clarissa e Laura, filhas e netas do Homenageado, do Doutor Mário Karpinsky, Presidente da Sociedade Polônia, e de integrantes do Grupo Folclórico da Sociedade Polônia. Às dezesseis horas e trinta minutos, o Senhor Presidente agradeceu a presença de todos e, nada mais havendo a tratar, declarou encerrados os trabalhos, convidando os presentes para a Sessão Solene a ser realizada às dezenove horas, para entrega do Título Honorífico de Cidadão Emérito ao Músico Paulo Santos Deodoro. Os trabalhos foram presididos pelo Vereador Luiz Braz e secretariados pelo Vereador Airto Ferronato, Secretário “ad hoc”. Do que eu, Airto Ferronato, Secretário “ad hoc”, determinei fosse lavrada a presente Ata que, após distribuída em avulsos e aprovada, será assinada pelos Senhores 1º Secretário e Presidente.
(Obs.: A Ata digitada nos Anais é cópia do documento original.)
O SR. PRESIDENTE (Luiz
Braz): Os
nossos cumprimentos a todos os senhores e senhoras. A Sessão Solene que
iniciamos objetiva a entrega do Título Honorífico de Cidadão Emérito ao Sr.
Zenon Vicente Galecki, Requerimento nº 45/92, Processo 1756/92, de autoria do
Ver. Jaques Machado, com solicitação de desarquivamento pelo Ver. Airto
Ferronato.
Para compor a Mesa, convidamos o homenageado, Exmo. Sr. Zenon Vicente
Galecki; o Exmo. Sr. Prefeito de Mariana Pimentel, Dr. Paulo Zilkoski; o Exmo.
Sr. Supervisor Político do CAAC - Conselho de Apoio e Ações Comunitárias e
representando, neste ato, o Sr. Governador do Estado, Ver. Jaques Machado; o
Exmo. Sr. Jornalista Firmino Cardoso, representando a ARI; a Exma. Sra. Teresa
Galecki, esposa do homenageado.
Eu quero solicitar que todos fiquem de pé para que possamos cantar o
Hino Nacional Brasileiro.
(Executa-se o Hino Nacional.)
Registramos a presença dos Vereadores Darci Campani, Airto Ferronato,
João Dib e do autor da homenagem, Ver. Jaques Machado. Agradecemos a presença
de todos; todos são muito bem-vindos. É sempre um prazer receber pessoas na
Câmara Municipal, quando se trata de uma oportunidade importante como esta,
quando vamos fazer a entrega de um título de cidadania a uma pessoa que se
destacou de forma louvável, porque veio de outra paragem, de outro lugar,
chegou aqui e conseguiu que a sua atuação tivesse realce entre todos os
cidadãos que temos na Cidade de Porto Alegre. O Título de Cidadão Emérito
necessita de, pelo menos, dois terços da Casa para a sua aprovação. Temos um
total de trinta e três Vereadores. É necessário, hoje, um mínimo de vinte e
dois votos para que um título de cidadão emérito possa ser aprovado. Faço
questão de realçar isto para dizer, exatamente, da importância do título. Nós
temos aqui, na Câmara Municipal, a representação de toda a sociedade de Porto
Alegre e, quando existe a necessidade de quase todo o Plenário, ou de quase
toda a sociedade, de fazer este reconhecimento, realmente essa homenagem se
reveste de uma importância muito maior. Cumprimentamos o homenageado, cumprimentamos
todos que vieram aqui para também prestar a sua homenagem para o Sr. Zenon
Vicente Galecki. A Câmara sente-se honrada com a presença de todos.
O Ver. Airto Ferronato está com a palavra, representando as Bancadas do
PMDB, PTB, PC do B, PSDB, PP e PFL.
O SR. AIRTO FERRONATO: Sr. Presidente, Srs.
Vereadores. (Saúda os componentes da Mesa.) Temos a satisfação de usar a
tribuna, nesta tarde, para falar em nome da minha Bancada, o PMDB, e em nome
das Bancadas do PTB, do PC do B, do PT, do PSDB e PFL. Esta propositura nasceu
de uma iniciativa do Ver. Jaques Machado. No ano passado, tive a oportunidade
de pedir a continuidade desse processo para que se chegasse a esta tarde,
quando a Cidade presta esta homenagem.
Como disse o Presidente, a Câmara aprova homenagens a pessoas que se
distinguem nesta Cidade, sendo que a aprovação do Requerimento ocorre somente
através do voto favorável de, no mínimo, vinte e dois Vereadores. Lembro-me de
que, quando votamos esta proposta, ela teve a votação de todos os Vereadores da
Casa. É importante também dizer que cada Vereador - somos trinta e três - pode
apresentar, no máximo, uma homenagem, para a entrega deste título, em um ano.
Isso significa dizer que, no máximo, poderemos ter trinta e três homenageados.
Numa Cidade onde há um milhão e meio de habitantes, isso representa, por si só,
o quanto deve ser destacada a atuação de um cidadão para que alcance este
título.
Entendi que era importante e oportuna a tramitação desse processo por
uma série de fatores. Em primeiro lugar, para homenagear o “Seu” Vicente.
Homenageando Vicente Galecki, o “Seu” Zenon, nós estamos homenageando um
porto-alegrense que vem do interior do Estado - Mariana Pimentel -, que
desenvolveu atividades na nossa Capital, e essas atividades merecem o reconhecimento
da sociedade. Portanto, em um primeiro momento, estamos homenageando o homem do
Interior que se destaca na Capital.
É importante homenagear o “Seu” Zenon porque, além de comerciante
bem-sucedido que é, é também um cidadão exemplar na medida em que duas ações
paralelas à atividade de comerciante merecem um destaque especial pelo que
representam. Um exemplo - e acho que é importante salientar para que fique
registrado nos Anais desta Casa - é o seguinte: “Seu” Zenon, ao invés de adotar
uma atitude de indiferença frente à miséria que assola nossa sociedade há muito
tempo, tomou a iniciativa de ocupar os menores abandonados através de uma ação:
“Eduque meninos de hoje e não será preciso castigar homens de amanhã”. Essa sua
ação é conhecida. Foi, inclusive, objeto de notícias veiculadas pela grande
imprensa de nossa Cidade.
Por isso, acredito que a homenagem ao “Seu” Zenon estende-se a todos
aqueles que, de uma forma ou de outra, desenvolvem suas atividades particulares
e profissionais, mas também se preocupam com o social, coisa que “Seu” Zenon
tem feito com insistência. Homenagear o “Seu” Zenon é homenagear também o 4º
Distrito, com suas dificuldades, seus anseios, e, muito particularmente, o povo
do 4º Distrito e suas ações permanentes no sentido de ver melhoria naquela
região tão importante de nossa Cidade, onde o “Seu” Zenon já havia desempenhado
as atividades de Presidente da Associação dos Amigos do 4º Distrito, e hoje
volta a ser Presidente dessa Associação. É homenagear também aquelas pessoas
que, de uma forma ou de outra, participam de uma série de atividades sociais,
de lazer, cultural, ações tão importantes. Queremos aqui mencionar suas ações
junto à Sociedade Gondoleiros, à Sociedade Polônia, enfim, entendemos que é
prestar uma homenagem àquelas pessoas que não medem esforços para buscar
melhorias para a nossa sociedade, para a nossa população. Nas nossas atividades
em áreas sociais, culturais e comunitárias, sempre vemos a presença do “Seu”
Zenon, que busca melhorias para a situação dos nossos bairros, das vilas,
enfim, da nossa Cidade. Então, homenageando o “Seu” Zenon, homenageamos,
também, a Associação dos Amigos do 4º Distrito.
Para finalizar, quero registrar a minha satisfação em ter conhecido o
“Seu” Zenon e quero dizer-lhe do nosso respeito, da nossa admiração pelo
trabalho que tem desenvolvido em prol da nossa Cidade. Tivemos, aqui na Câmara,
uma série de reuniões, nas quais contamos com a presença do “Seu” Zenon. A ele
a nossa saudação e ao Ver. Jaques Machado os nossos cumprimentos pela iniciativa
desta proposição. Muito obrigado.
(Não revisto pelo orador.)
O SR. PRESIDENTE: O Ver. Isaac Ainhorn está
com a palavra pela Bancada do PDT.
O SR. ISAAC AINHORN: Sr. Presidente, Srs.
Vereadores. (Saúda os componentes da Mesa.) Eu já conheço há alguns anos a
figura do Zenon. Ele é uma dessas pessoas a quem a graça do supremo arquiteto
do universo doou e outorgou características próprias e extremamente singulares,
um homem que se destaca no contexto da sociedade de uma forma humilde, sem
pretensões, sem vaidade, mas que de forma constante tem construído um acervo de
contribuição e de conquistas pessoais, familiares, sociais e comunitárias. A
sua vida é um espelho de toda essa contribuição e de todas essas lutas
difíceis. Mas todos nós, que somos oriundos de vertentes migratórias e que
ajudamos a construir este País e este Estado, soubemos construir, lá da base,
lá da juventude e da infância, todo um processo, um arcabouço de lutas, e aqui,
nas pessoas que se fazem presentes, principalmente as da Comunidade Polonesa do
4º Distrito e da Comunidade de Mariana Pimentel, há uma presença significativa.
Essas correntes migratórias têm um papel fundamental, e é isso que dá uma
característica diferente ao nosso País e - por que não dizer? - também ao nosso
Rio Grande, que, apesar das crises, dificuldades e discriminações, consegue ser
um Estado que supera suas dificuldades e suas adversidades.
Há pouco, o Ver. Airto Ferronato, iniciando as suas considerações,
disse que este título tem uma dupla autoria, que a iniciativa partiu do Ver.
Jaques Machado e que foi, depois, desarquivado e ratificado pelo Ver. Airto
Ferronato, que tomou a peito - em função da saída do Ver. Jaques Machado deste
ano legislativo - esta idéia meritória do Ver. Jaques Machado.
Eu acho que hoje a gente pode dizer que falar de Zenon Vicente Galecki
é falar do 4º Distrito, falar de Zenon Vicente Galecki é falar da história de
Porto Alegre, é falar do próprio desenvolvimento comercial da nossa Cidade e de
vidas muito parecidas e semelhantes à dele, do menino pobre, do guri humilde
que soube construir com trabalho, com dedicação, com disposição de vencer um
acervo de vitórias, de sucessos, quer seja na área empresarial, patrimonial,
como também na área da construção daquilo que é o elemento fundamental para se
deixar efetivamente uma contribuição à sociedade, que é a construção de uma
sólida família que lhe dá esta disposição, esta garra, para ser este homem
sempre disposto a desenvolver as suas atividades empresariais e também
participar de atividades comunitárias.
Há pouco disse o Ver. Airto Ferronato que é comum a presença do Zenon
aqui nesta Casa. Ele não vem aqui, em nenhum momento, pedir benesses ou
defender interesses patrimoniais. Não. Ele vem aqui, sempre, trazendo e
apresentando as reivindicações da sua comunidade, da sua Cidade. Amanhã, ele
estará aqui, o Ênio, o Alberto e tantos outros companheiros do 4º Distrito,
pessoas que têm múltiplas atividades, mas eles suspendem as suas atividades
para se fazerem presentes aqui conosco - não foi uma, nem duas vezes - para
concluir trabalhos de interesses comunitários. Amanhã ele estará aqui para
participar das discussões finais do relatório que envolve a implantação da Rua
24 Horas na Cidade de Porto Alegre. Ele participou, junto com seus companheiros,
com seus amigos, de todas as reuniões, aqui se fazendo presente e trazendo as
posições. Já está preocupado com os passos seguintes. Já está sendo elaborado
um seminário sobre os caminhos do 4º Distrito pela Associação, para ser
realizado no último trimestre do ano. A sua preocupação constante é a
comunidade, a sociedade, as pessoas do seu convívio e a melhoria da qualidade
de vida da sua Cidade e da sua comunidade. Ele não aceita as condições de
esvaziamento e de esquecimento a que está relegado esse bairro que foi outrora
um florescente bairro da nossa Cidade, o 4º Distrito. Não é uma crítica a
ninguém. Nós mesmos somos os próprios responsáveis: Poder Executivo e
Legislativo. Ele está inquieto, presente, pressionando e participando de
medidas que busquem novamente alavancar e resgatar aquela tradição do 4º
Distrito. A razão de suas vindas aqui é buscar saídas e alternativas. Não tenho
dúvidas de que esse seu trabalho, Zenon, terá bom termo, porque a Casa já está
sensibilizada com as questões que envolvem o 4º Distrito e está disposta a
tomar, em relação ao Plano Diretor, que tem uma natureza fundamentalmente
elitista, as medidas necessárias para promover o desenvolvimento daquela
região, sob pena de sermos cobrados - os Vereadores de hoje - de omissos em
relação às medidas que devem ser tomadas relativas ao desenvolvimento urbano
daquela área.
Outro dado é a questão daquilo que parece serem coisas insolúveis, mas
na verdade são tão fáceis de serem resolvidas. Basta disposição. Ele deu o
caminho. Se não o fazem, é porque não querem. O nosso homenageado de hoje deu o
caminho há mais de trinta anos na questão do menor abandonado. Porto Alegre,
uma cidade de quase um milhão e meio de habitantes, ainda é uma cidade que pode
resolver, mesmo dentro da crise, a questão do menor carente, a questão do menor
abandonado, sem muita burocracia, sem muita complicação, mas com vontade
política de resolver essas questões, porque é diferente de megalópoles como Rio
de Janeiro e São Paulo, em que, se nós ocuparmos aqueles que estão, surgirão
outros tantos nas ruas. Porto Alegre é uma cidade que não está ainda nesse
nível, mas, infelizmente, nós observamos, em muitas esquinas da Cidade de Porto
Alegre, aqueles meninos pedintes que, infelizmente, no dia de amanhã, sem
futuro, sem emprego, sem perspectiva, tornar-se-ão vítimas de todo esse
processo cruel e perverso que vai torná-los os delinqüentes de amanhã. Nós
temos uma parcela de responsabilidade, porque nós não tomamos as medidas
necessárias para que seja evitada essa situação. O Sr. Zenon, há muitos anos,
já deu a solução e o caminho que deve ser tomado. Eu chamo a atenção sobre a
responsabilidade que todos nós temos. Não precisam criar empregos, não precisam
criar funções para se resolver esses problemas. Basta se ter disposição
política e convocar a sociedade para, com exemplos de medidas tomadas por
Zenon, resolver esse problema.
É por tudo isso que hoje nós estamos homenageando e outorgando a ele o
título que tinha de fato. Praticamente toda a sua vida, todo o seu trabalho e
as suas atividades se deram na Cidade de Porto Alegre. Ele é um porto-alegrense
por opção. Aqui ele construiu a sua empresa, a sua família, desenvolveu
atividades comunitárias e sociais. É um vencedor. Eu sei que ele tem
consciência de que as suas atividades, em todos os planos da vida comunitária,
devem continuar. Os teus amigos esperam de ti, Zenon, a continuidade do teu
trabalho, desta tua disposição, desta tua garra. É a admiração de que és credor
de toda a sociedade porto-alegrense, e nós te queremos do nosso lado
desenvolvendo esses trabalhos. Temos certeza de que hoje a Câmara, em um ato
solene, outorga aquele título que tu já conquistaste de fato, o merecimento e a
respeitabilidade de toda a sociedade.
Nós, hoje, nos sentimos extremamente felizes: a Câmara de Vereadores, a
representação política da Cidade, teus amigos que, em uma tarde de trabalhos em
que todos têm as suas ocupações, param para te prestar uma homenagem pelo teu
trabalho, pela tua perseverança, por esta homenagem que a Cidade de Porto
Alegre, nesta oportunidade, presta a ti, Zenon.
Nossos cumprimentos em nome da minha Bancada, em nome dos nossos
Vereadores e da sociedade de Porto Alegre. Muito obrigado.
(Não revisto pelo orador.)
O SR. PRESIDENTE: Registramos a presença do
Patrono da Associação dos Amigos do 4º Distrito, Dr. Enio Carlos Reif; Grupo
Folclórico da Sociedade Polônia. Sra. Miriam Aloísio Avruch, filha do
ex-Presidente desta Casa, Ver. Aloísio Filho, é um prazer muito grande
recebê-la mais uma vez aqui nesta Casa. Filhas do homenageado, a Zuleika e a
Zênia; netas do homenageado, a Juliana, a Clarissa e a Laura; Presidente da
Sociedade Polônia, Dr. Mário Karpinsky. A todos o nosso muito obrigado pela
presença.
Com a palavra, o Ver. João Dib em nome da Bancada do PPR.
O SR. JOÃO DIB: Sr. Presidente, Srs.
Vereadores. (Cumprimenta os componentes da Mesa e demais presentes.) Eu posso,
com tranqüilidade, dizer que o maior número de pessoas que amam a Cidade de
Porto Alegre estão no 4º Distrito, bairro-cidade, e posso, com tranqüilidade,
dizer que, dentre essas pessoas, uma que mais ama Porto Alegre é o nosso
homenageado, Zenon Galecki. Li, um dia, uma frase de Getúlio Vargas que me
calou profundamente. Nunca a esqueci e muitas vezes a tenho usado. Dizia
Getúlio Vargas, numa solenidade na Faculdade de Medicina, há mais de cinqüenta
anos: “É preciso trabalhar, trabalhar com dignidade, trabalhar com abnegação,
trabalhar como trabalham as abelhas que fabricam o mel, não para si, mas para a
colméia”. Zenon Galecki, ao longo dos tempos, tem trabalhado muito nesta Cidade
pela coletividade do 4º Distrito, mas também por toda a coletividade, porque
não raras vezes ele tem feito propostas no sentido de melhorar a Cidade, como
recentemente pedia que se continuasse a Segunda Perimetral, que interessa a
toda a Cidade, não só ao 4º Distrito.
É preciso conviver para conhecer. E é preciso conhecer para
compreender. E compreender para poder amar. E Zenon, vindo lá de sua Mariana
Pimentel, chegou aqui e conviveu, conheceu, compreendeu e não vai mais deixar
de amar esta Cidade que, realmente, é linda, maravilhosa, é nossa, e sobre ela
todos nós temos responsabilidade. Zenon tem atuado em todas as áreas: sociais,
comunitárias, comercial, na indústria, mas sempre voltado para o crescimento da
sua Porto Alegre, sempre preocupado com o seu 4º Distrito, bairro-cidade, que,
de repente, foi esquecido e ele quer revigorar, como muitos dos que aqui estão
o querem. Eu disse que o maior número de amantes desta Cidade está lá, no 4º
Distrito.
Zenon Galecki, hoje a Câmara, com seus trinta e três Vereadores, vai
homenageá-lo, e essa homenagem tem que ser dividida. Não é só do Zenon. Zenon
não teria esta reunião se ele não tivesse uma companheira como a Teresa, que
permanentemente o apoiou; se ele não tivesse duas filhas - Zuleica e Zênia -,
que bateram palmas para ele até nos momentos em que não estava muito inspirado,
porque as filhas sempre dizem que o pai é o maior, e fizeram isto junto com a
Teresa, dando-lhe sempre entusiasmo. Hoje, seus genros e suas netas Juliana,
Clarisse e Laura também têm que levar parte desta homenagem, como também os
amigos do 4º Distrito que, desafiando e estimulando, fazem com que o Zenon não
perca o entusiasmo pela luta. Ele não o perderia, tenho certeza, muito mais
acompanhado dessa plêiade de pessoas que fazem com que ele, todos os dias,
levante desejando fazer algo mais pela nossa Cidade.
Meu caro Zenon Galecki, hoje a Câmara lhe dá uma distinção, e, no
momento em que lhe dá uma distinção, o torna um exemplo. Exemplo para os mais
jovens, exemplo para aqueles que ainda podem dar muito por esta Cidade, de que
é importante trabalhar para a coletividade, porque a coletividade somos todos
nós, e é importante dar o melhor de nós para que esta Cidade cresça. Sei que
muitas pessoas olharão o nosso distinguido de hoje como um exemplo, sabendo que
vale a pena trabalhar porque, de repente, este trabalho é até distinguido,
reconhecido por todos aqueles que estão na Cidade, já que os trinta e três
Vereadores são a síntese de todos os cidadãos porto-alegrenses. E, assim, meu
amigo Zenon, queremos que continues com o mesmo entusiasmo, com redobrado
esforço, tentando fazer esta Cidade, especialmente o teu amado 4º Distrito,
melhor. Porque é assim que se faz a Cidade, melhorando a rua, melhorando nosso
bairro, e, de repente, temos toda a Cidade em perfeitas condições. E, se assim
tivermos as cidades do Estado, teremos um Estado em perfeitas condições, e, se
assim tivermos os Estados, teremos este País maravilhoso, que é o Brasil, nas
condições que gostaríamos que estivesse para que nossos filhos, nossos netos e
nossos amigos possam viver bem.
Portanto, Zenon Galecki, receba os cumprimentos do meu partido, do Ver.
Pedro Américo Leal e meus, pela homenagem sumamente recebida. Hoje a Cidade de
Porto Alegre, por iniciativa de outro que também ama muito o 4º Distrito - o
Ver. Jaques Machado -, reforçado pelo Ver. Airto Ferronato, presta esta
homenagem a alguém que sabe trabalhar por sua Cidade e, temos absoluta certeza,
continuará fazendo assim. Um abraço. Muito obrigado.
(Não revisto pelo orador.)
O SR. PRESIDENTE: O Ver. Henrique Fontana
está com a palavra pela Bancada do PT.
O SR. HENRIQUE FONTANA: Sr. Presidente, Srs.
Vereadores. (Saúda os componentes da Mesa e demais presentes.) Quando eu soube,
senhoras e senhores que acompanham a nossa Sessão em homenagem ao Sr. Zenon,
que ele tinha ganhado este Título de Cidadão de Porto Alegre, rapidamente
pensei - até porque não participei da discussão no dia em que este título foi
concedido - que gostaria de falar neste dia, não uma fala protocolar,
representando o meu partido, o PT, mas, além disso, por uma história que me
aproxima do Sr. Zenon. Conheci o Sr. Zenon num período já bastante distante da
minha vida, quando eu trabalhava com meu pai numa empresa aqui, em Porto
Alegre, e aprendi a ver que o meu pai o admirava muito pela sua forma de agir
quando se encontrava no cotidiano dos negócios. O Sr. Zenon era representante,
vendia coisas para a nossa firma. A partir daquela admiração que o meu pai
tinha por ele, fui constituindo essa mesma admiração.
Poderia, certamente, pensar em outras características que cada um de
vocês conhece da história e da vida do Sr. Zenon. E, das muitas características
positivas e construtivas que ele trouxe para cada uma das pessoas que estão
aqui, inclusive para mim e para a Cidade de Porto Alegre, uma chama mais a
atenção. Para mim, naquela época, a primeira e grande característica que me
chamava a atenção era a seriedade com que o Sr. Zenon lidava com as coisas,
porque naquele tempo eu o conhecia como alguém que estava exercendo um papel
dentro da empresa em que eu trabalhava. Eu comprava coisas do Sr. Zenon - ele
era representante - e me chamava muito a atenção a seriedade com que ele lidava
com as coisas. Com o tempo, fui conhecendo melhor o Sr. Zenon, e a minha vida
também passou por diversas modificações. Troquei de profissão, voltei para a
universidade, me formei médico, segui um outro caminho, terminei tornando-me
Vereador de Porto Alegre nesta última eleição e, aí, deparei-me com o lado da
participação comunitária do Sr. Zenon, já então como Vereador, porque antes eu
não tinha um convívio pessoal com ele, cotidiano, na sua comunidade do 4º
Distrito. Essa característica, que é a segunda sobre o qual eu gostaria de
falar nesta homenagem ao Sr. Zenon, eu acho que é a característica que existe
em muitas das pessoas que estão aqui e talvez seja a característica que a nossa
sociedade mais precise nos dias de hoje, porque existe um grande desafio
colocado para todos nós - para o Sr. Zenon, para cada uma das pessoas que está
aqui -, que é o de construir uma sociedade mais justa e mais fraterna, uma
sociedade onde a felicidade seja uma obra coletiva, onde todas as pessoas
tenham o direito e a possibilidade de viver dias felizes, onde todas as pessoas
tenham o direito e a possibilidade de escolher os seus caminhos. Mas para
construir essa sociedade é preciso que a dedicação de cada um de nós se dê em
nome do coletivo, é preciso que cada um de nós faça como, seguramente, faz o
Sr. Zenon. Se o Sr. Zenon não tivesse essa característica, não teria a presença
de todos vocês aqui, hoje, para reconhecer essa trajetória e essa história de
envolvimento com o coletivo e com a comunidade, que ele tem. Eu acho que, nessa
curva da história que nós todos vivemos, onde, em muitos momentos, nós somos
convidados - talvez pela selva de pedra que está aí, talvez pela crise social,
que é progressiva, crescente, pelas dificuldades que as pessoas encontram para
garantir a sua própria sobrevivência e a da sua própria família - a fazer uma
opção individual, eu poderia dizer assim. Em muitos momentos a sociedade nos
convida, e isso nós podemos perceber através de frases complexas, ou até mesmo
simples. Uso aqui uma das frases mais simples que às vezes ouvimos por aí: “Pois
é, pois é, mas as coisas estão cada vez mais difíceis e parece que não adianta
a gente se envolver, porque parece que não existe possibilidade de que as
coisas mudem. Então, talvez o caminho mesmo seja eu me fechar sobre as minhas
coisas e buscar alternativas que resolvam meus próprios problemas”. Mas nós, a
grande maioria desta sociedade - e o Sr. Zenon é um exemplo para todas as
pessoas que estão aqui -, tenho certeza, temos que aceitar exatamente o desafio
oposto. No momento em que as coisas estão mais difíceis, em que as coisas
parecem ser mais impossíveis no sentido de se construir uma obra coletiva, é
que temos que abrir mão de algumas coisas do nosso dia-a-dia individual e
dedicar mais e mais nosso esforço para construir uma alternativa coletiva de
felicidade.
Esse exemplo de seriedade que aprendi a ver no Sr. Zenon, a forma como
percebi que meu pai - uma pessoa muito importante na formação dos meus valores
- entendia e admirava esse traço de personalidade e pessoal do Sr. Zenon
ajuda-me em muito. Considero que esta seja talvez a maior felicidade que um
homem possa levar desta vida de tantas dificuldades e lutas que todos travamos,
quando este consegue ser uma referência, quando consegue ser um exemplo para a
sociedade que lhe cerca, para a sua família, para seus amigos, para os
moradores do seu bairro, para os moradores da sua cidade ou para tantos quantos
convivem com ele, e quando consegue ensinar um pouco, a cada um de nós, como é
que se constrói um mundo melhor, mais feliz e mais solidário. Penso que isso o
Sr. Zenon conseguiu passar para todos nós que aqui estamos; passou para mim e
para meu pai, com certeza. Por isso digo, Sr. Zenon: parabéns por este título.
O senhor merece. Que o senhor continue representando tudo aquilo que
representou ao longo da sua vida para todos nós, para esta Cidade e para as
pessoas que estão aqui. Muito obrigado.
(Não revisto pelo orador.)
O SR. PRESIDENTE: O Ver. Jaques Machado
propôs a homenagem aqui nesta Casa. No momento, ele ocupa o cargo de Supervisor
Político do CAAC e hoje volta a esta Casa para representar o Exmo. Sr.
Governador do Estado e, também, para prestigiar esta homenagem que se presta ao
Sr. Zenon Vicente Galecki. Não poderíamos, de forma alguma, deixar de conceder
a palavra àquele que foi o autor da proposição. Então, oferecemos a ele a
tribuna.
O Ver. Jaques Machado está com a palavra.
O SR. JAQUES MACHADO: Sr. Presidente e Srs.
Vereadores. (Saúda os componentes da Mesa.) Caros Vereadores presentes a esta
grande efeméride, Henrique Fontana, João Dib, Airto Ferronato, Isaac Ainhorn;
também presente, aqui, o Suplente de Vereador, Lamartine Rosa, e também André
Garcia; pessoas de nossa comunidade, do 4º Distrito; nosso patrono, Enio Reif,
juntamente com muitas representatividades. Quero dizer que momento igual a este
sempre é digno de grande satisfação, porque, mais uma vez, estamos aqui nesta
Casa homenageando aqueles que de fato lutaram pelo engrandecimento de nossa
comunidade. Dentro da nossa filosofia política de comunidade, procuramos, no
decorrer de nossa vida pública, homenagear aquelas pessoas que se destacam pelo
seu trabalho. Então, temos vinte e duas ruas no 4º Distrito com nomes de
verdadeiros baluartes desta Cidade, principalmente quando conseguimos
regularizar a situação do Bairro Farrapos, antiga Vila Farrapos, hoje com todas
as ruas, ou a maioria delas, com nomes de pessoas de nossa comunidade. Posso
citar a Av. Ernesto Neugebauer, a Av. A.J.Renner, Aloísio Filho, e assim por
diante. Poderia passar uma tarde inteira falando também daquelas pessoas a quem
aqui outorgamos, encaminhamos o Título de Cidadão Emérito pelo trabalho
desenvolvido. Então, no meio deste trabalho, temos aquelas pessoas que se
destacam, que vivem o dia-a-dia. Temos o Zenon Galecki, grande figura do 4º
Distrito. Ele, há muitos anos, acompanha a trajetória e os problemas do
dia-a-dia do 4º Distrito, os problemas que lá enfrentamos.
Recordo de épocas que líamos e estudávamos a situação da nossa
comunidade. Vocês sabem que o 4º Distrito deve muito a uma figura que todos conhecem:
chamou-se Antônio Joaquim Renner, A.J.Renner. Ele, para o 4º Distrito, doou
aquelas áreas fantásticas e que hoje representariam fortunas se fôssemos
comprar em metros quadrados. Ele doou para o 4º Distrito a área onde está
construído o Posto de Saúde Navegantes, na esquina da Sertório com a Presidente
Roosevelt; doou a área do SENAI, outra grande obra do 4º Distrito; doou a área
da Creche dos Navegantes e do Colégio Navegantes; doou a área da Sociedade
Navegantes-São João; instalou ali as suas indústrias. Então, quando se fala em
4º Distrito, há matéria de progresso e desenvolvimento. Fora disso, como falou
o Ver. João Dib, os colonizadores e fundadores do 4º Distrito, Dom Eduardo e
Dona Margarida, casal português que chegou a esta Cidade quando o centro era no
Menino Deus, trouxeram para Porto Alegre a indústria chacareira, as plantações,
as hortas. Localizaram-se na confluência do rio Guaíba com a várzea do rio
Gravataí, onde havia enchentes - havendo repetição em 1941 -, as quais
fertilizaram muito a comunidade. O 4º Distrito teve, por muitos anos, as
grandes chácaras, as grandes hortas. O livro de Guido Mondin fala nestas
grandes chácaras.
Então, no dia-a-dia que vivemos, presidindo a Associação dos Amigos do
4º Distrito, enfrentando problemas do Plano Diretor, de defasagem
habitacional... Porque antigamente tínhamos como pólo comercial da Zona Norte
de Porto Alegre a Av. Presidente Roosevelt, mas, com a implantação da Av. Assis
Brasil, a Av. Presidente Roosevelt esvaziou porque toda a região da Zona Norte
deixou de vir comprar na Presidente Roosevelt. Ali vinham tambeiros,
carroceiros; os ônibus desciam a Rua São Pedro e entravam pela Farrapos e pela
Presidente Roosevelt. Ali tínhamos um forte desenvolvimento comercial, mas,
devido ao crescimento do pólo da Av. Assis Brasil, hoje a grande revolução dos
verdadeiros supermercados esvaziaram a nossa comunidade. O 4º Distrito cresceu,
e muito, porque hoje nós temos oito mil empresas sediadas dentro do 4º
Distrito. Então, justamente com o Zenon, nós lutamos seguidamente, tivemos que
estudar liberações de grandes indústrias lá dentro.
O Zenon sempre foi um verdadeiro baluarte. Na época em que encaminhei o
título a Zenon Galecki - como frisou aqui o Ver. Airto Ferronato, segundo o
Regimento Interno, o Vereador não pode apresentar por ano mais de um título de
Cidadão Emérito desta Cidade -, nós tínhamos um título que havia sido pedido
para a Profa. Selma Chemale, que já estava com um avançado problema de saúde, o
qual tivemos que agilizar. Então, tocamos primeiro o título para a Selma, antes
que viesse a falecer, e o do Zenon ficou para mais tarde. Graças ao Ver. Airto
Ferronato, temos hoje o projeto de Zenon para que possamos aqui confraternizar.
Para não me estender, Zenon, neste dia, em que a Cidade o homenageia, e
de fato com muita tranqüilidade, porque ele é um trabalhador pela causa de
nossa comunidade, de nossa Cidade, em meu nome e em nome do Governador do
Estado do Rio Grande do Sul, não trazemos aqui um cartão de prata, nem tampouco
um buquê de flores, porque, se fôssemos escrever o que te desejamos de bom,
precisaríamos que o céu fosse de papel e o oceano de tinta, com as cores do
arco-íris. Mil felicidades, muito sucesso e muito obrigado.
(Não revisto pelo orador.)
O SR. PRESIDENTE: Meus amigos, nós estamos,
neste ano de 1994, comemorando os duzentos e vinte e um anos de existência da
Câmara Municipal de Porto Alegre e nós estamos fazendo com que o símbolo desses
duzentos e vinte e um anos - o brasão da Câmara Municipal - possa ser recebido
por todas as pessoas que são destacadas, de uma forma ou de outra, dentro da
nossa sociedade, para os Vereadores, para os ex-Vereadores e para os nossos
cidadãos. Eu pediria que o Ver. Airto Ferronato fizesse a colocação, na lapela
do Zenon, do nosso símbolo, o símbolo dos duzentos e vinte e um anos da nossa
Câmara.
(É feita a entrega do brasão. Palmas.)
Nós temos um orgulho muito grande de estarmos aqui trabalhando nesta
Câmara, e eu posso dizer aos senhores, com absoluta certeza, que esta Câmara,
sem favor nenhum, é motivo de orgulho para toda a nossa comunidade. Aqui,
realmente, os Vereadores cumprem com as suas funções, trabalham dentro daquilo
que é seu exercício, de fazer com que a Cidade possa estar representada na
discussão de todos os seus problemas. É por isso que a gente fica realmente
orgulhoso quando comemora aqui os duzentos e vinte e um anos e, ao mesmo tempo,
tem a oportunidade de estar junto com a comunidade homenageando pessoas tão
importantes, como é o caso do Zenon Vicente Galecki.
Agora chegou o momento principal, momento em que convidamos o Vereador
e representante do Governador do Estado, o meu amigo Jacão Machado, para fazer
a entrega do Título de Cidadão Emérito ao Zenon Vicente Galecki. Eu peço para
que todos, de pé, acompanhemos a entrega do Título.
(É feita a entrega do Título. Palmas.)
Vou passar às mãos do Prefeito de Mariana Pimentel, que veio prestigiar
a entrega do Título... Peço ao Jacão Machado para fazer a entrega do símbolo
dos duzentos e vinte e um anos da Câmara Municipal.
(É feita a entrega do brasão.)
Gente, é claro que todo o mundo que veio aqui veio para prestigiar e
para ouvir o Zenon Vicente Galecki e esta vai ser a grande oportunidade. É o
momento do ápice desta reunião. Nós gostaríamos que o Zenon ocupasse a tribuna,
por favor.
O SR. ZENON VICENTE GALECKI: Srs. Vereadores, em
especial os edis Airto Ferronato, pela solicitação, e Jaques Machado, pela
proposição para que me fosse concedido o Título Honorífico de Cidadão Emérito
de Porto Alegre; meus queridos familiares; colegas de Diretoria da Associação
dos Amigos do 4º Distrito e Associação da Sociedade Polônia e Sociedade
Gondoleiros; Diretores de Associações co-irmãs; autoridades presentes; minhas
senhoras, meus senhores; amigos de todas as horas que hoje tiveram a bondade de
aqui comparecerem. A todos, humildemente, agradeço.
Entre outras homenagens que já recebi, confesso-lhes que esta foi a que
mais me emocionou. Ainda muito criança, vim com meus pais e irmãos da minha
terra natal, Mariana Pimentel, morar em Porto Alegre, mais precisamente no 4º
Distrito, onde até hoje resido, antes denominado Bairro Cidade. Se alguma coisa
fiz por merecer esta distinção, podem crer que pretendo ainda fazer muito pelo
meu bairro e pela minha Cidade.
Saibam, queridos amigos, que o calor de vossas presenças tem para mim
um valor incalculável. Muitos procuram nas profundezas do oceano ou nas
entranhas das minas garimpar metais preciosos. Eu procurei o caminho mais
difícil, que é conquistar a confiança, o carinho e o coração bondoso de todos
vocês. Muito obrigado, mesmo, a todos vocês!
Ao finalizar, queria deixar a todos uma pequena mensagem: “Ao realizar
uma boa ação, por menor que seja, a melhor recompensa é ser aplaudido pela
própria consciência.”
(Não revisto pelo orador.)
O SR. PRESIDENTE: Temos a satisfação de ver
este Plenário engalanado com as cores do folclore polonês. É lindo ver esses
jovens que cultuam o folclore da Polônia. É belíssimo! Pessoas alegres. Não
conheço o folclore polonês, mas acredito que seja alguma coisa que fale de
alegria, que fale de alguma coisa muito viva. Vejo que as cores são vivas, que
as pessoas se manifestam através de atitudes que transmitem muito vigor, muita
força, muita energia. Muito obrigado pela presença de vocês, que fez com que
este Plenário ficasse mais bonito. Agradeço a todos os senhores que vieram
prestigiar esta homenagem realizada aqui na Câmara para o Sr. Zenon Vicente
Galecki. Mais uma vez digo da satisfação de homenagear este cidadão que se
destacou no meio do seu grupo. O Zenon, como se destacou, merece esta
homenagem; que ele sirva de exemplo para que outras pessoas da comunidade
também possam agir da mesma forma, para que possamos fazer, num outro dia,
homenagem para este povo valente do 4º Distrito. Muito obrigado.
Estão encerrados os trabalhos.
(Encerra-se a Sessão às 16h30min.)
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